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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

David...meu filho minha vida!!!



Minha história, minha vida... David, meu filho.

Tenho o maior prazer em colaborar com esta luta pela vida.Sou contra o aborto de anencéfalos, leiam a minha história.

No ano de 2005 eu, Luciana Santos Oliveira, com um mês de casada descobri que estava
grávida, no dia 24/01/2005 as 09h58min veio à confirmação.
Confesso que senti uma angústia muito grande, não conseguia ficar feliz em meio a tantos cumprimentos.
Meu coração me contava que algo estava errado.
Procurei o posto de saúde em Fevereiro, consegui a vaga no início de Março, a enfermeira fez os pedidos de exames, examinou-me, tudo normal. Mas os sintomas normais de gravidez em mim não estavam normais, os enjôos eram constantes, dia e noite, sentia algumas contrações, dores abdominais, e nem um sinal de barriga.
No quinto mês, já cansada de esperar, por uma vaga para fazer o US morfológico,pagamos uma consulta com meu “anjo protetor” Dr. Alexandre.
Foi num sábado, um dia cheio de ansiedade e de muita tristeza.Já no consultório, lembro-me da amargura,
(... nossa é difícil só de lembrar),assim que ele começou o seu semblante mudou, percebi então que havia algo muito errado, que o meu coração estava certo, mas eu não tinha forças pra perguntar, até que ele nos
deu a notícia que o meu bebê não estava bem. Por um minuto eu sumi, o
meu chão desapareceu, me deu uma vergonha, uma culpa... nossa que
desespero.Não sei como, mas me mantive ali firme aguardando as
orientações do Dr. Alexandre.
Bom foi marcado outro US na segunda-feira, com a equipe da clínica, para uma melhor avaliação. Neste ínterim eu já estava me preparando para ir pra Varginha – MG, para lá buscar uma segunda opinião.
Fiz a US na segunda - feira então veio à confirmação.
Meu bebê era portador de uma síndrome Arnold di Chiari tipo II.
Passei por alguns médicos em Campo belo, para a minha surpresa e desespero todos, exceto o Dr. Alexandre, não conheciam e ficavam atemorizados diante da situação, orientando que fossemos para Varginha– MG, pois lá teríamos maior apoio médico.Bom foi o que fizemos, imediatamente fomos.Marcamos uma consulta no mesmo dia com um médico conhecido da família, onde ele me encaminhou para um centro especializado em gestação de alto risco.Basicamente é uma equipe médica, que auxilia mulheres nas condições de alto risco.Fui muito bem assistida, por algumas semanas, até que a equipe, entre os dentes, me
propuseram a retirada do feto, pois supostamente ele teria chances maiores de um sobrevida fora do ventre, isso ocorreu com 6 meses de gestação, imediatamente respondi, que jamais, mas jamais mesmo, faria isso.Preocupados com a minha condição psicológica, passei pelos profissionais da área, mas o despreparo é
tão grande que eu é que aconselhava os psicólogos, a princípio o consultório deles ficam em uma seção de pediatria, pode ? Uma mãe passando pelo que eu passava ter que encontrar com diversas, mães e seus bebês saudáveis...

O meu medo foi tanto de que eu fosse enganada por esta equipe que imediatamente, fui embora para minha casa em Campo belo. A minha permanência em Varginha, foi apenas três semanas. Quando retornei para Campo Belo, fui retomar o meu programa de pré-natal.
Imaginem? A enfermeira não quis me aceitar mais, como eu já estava com os nervos à flor dá pele,
esclareci pra ela que causa principal da malformação do meu bebê poderia ser ausência de ácido fólico, para um bom entendedor um pingo é letra. Ela sabia bem que não havia administrado esse medicamento no início da gestação.
Fui encaminhada para o Núcleo de Saúde da mulher, a primeira médica que me atendeu, não quis nem saber já me encaminhou para Belo Horizonte. Fui internada em Belo Horizonte – MG, no Odilon Beherens, a chefe da maternidade foi avaliar o meu caso, muitos dos residentes não conheciam essa síndrome, foi muito difícil, alguns me tratavam com muito carinho outros com muita ignorância, no final de tudo essa mesma médica me disse que eu teria que ficar internada por uma semana para estudo dos residentes. Nunca tinha entrado num hospital na minha vida, meu esposo dormiu na primeira noite no saguão do hospital, na verdade eu tinha que pensar em mim, no bebê e no meu esposo, foi tudo muito difícil.
Fiquei em um quarto onde eu via várias mães com seus bebês recém nascidos todos saudáveis chegando, alegres, foi me dando uma agonia tão grande, no dia seguinte quando a psicóloga chegou eu desabei a chorar, logo ela entendeu que eu não deveria estar naquele lugar, fui transferida para outro quarto onde tinham algumas mulheres com situações semelhantes.
Alguns exames, até que na quinta-feira a última reunião, eles queriam que meu esposo autorizasse que eles injetassem líquido amniótico em mim, como pra nós tudo já estava demais, nós estávamos no nosso limite, logo ele respondeu que não.então decidiram fazer a cesárea na sexta-feira, bom pedi muito a Deus nesta
noite, pra que fosse feito o justo o certo pelas mãos dEle.
Bom Ele me ouviu, antes da meia noite, entrei em trabalho de parto, mas como não tinha dilatação, o plantão logo fez a cesárea, eu não o vi, mas eu sei que sem intervenção do pediatra ele sobreviveu 35 minutos.
Assim foi a passagem do David pela minha vida.


Dr. Alexandre Henrique Sidney de Andrade
Título de especialista em Ultra – Sonografia
Geral– CBR
CRM 22210
Santa Casa de Campo Belo
Rua Dom Pedro II 481, Centro Campo Belo – MG
Atendimento ao cliente: (35) 3832 1606

1 comentário:

Unknown disse...

Luciana, sou mae de um garoto de 2 anos e posso imaginar o que você passou nessa gestaçao, rezo todos os dias por ter uma crança saudavel,mas tambem peço sempre a Deus que abençoe as mulheres q querem ser mae e passam por esse tipo de situaçao. Trabalho na area de saude e vejo o sofrimento de todo tipo e me comovo com isso. Espero q voce possa ter forças e quem sabe gerar uma ou outras novas vidas..... Abraços..